Raposinha-do-campo

Lycalopex vetulus

©Adriano Gambarini

Taxonomia
Nome comum em inglês

Hoary fox

Nome científico

Lycalopex vetulus

Nome/s comum em Português

Raposinha-do-campo

Mapa de distribuição - IUCN

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Descrição física

A pelagem é curta com coloração cinza claro nas porções dorsais e cinza-amarelado nas porções ventrais, entretanto a coloração varia ao longo de sua distribuição. As orelhas e patas são levemente avermelhadas. A cauda possui pêlos longos. É similar em aparência ao cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), que ocorre nas mesmas áreas.

Ecologia e Habitat

Essa espécie é encontrada apenas no Brasil, e ocorre na região do platô do Brasil central, ocupando áreas de campo aberto de cerrado e apresentando padrão de atividade predominantemente noturno (Dalponte 2009).

A dieta inclui principalmente insetos (cupins, formigas e besouros rola-bosta), e também pode incluir pequenos roedores, aves e frutos (Courtenay et al. 2006; Dalponte 1997; Ferreira-Silva & Lima 2006). Durante as épocas de maior disponibilidade de alimento (e.g. enxame de cupins) eles podem ser vistos em grupos de  3-5 indivíduos. Os filhotes nascem em tocas abandonadas de tatús ou em vegetação densa.

Ameaças e conservação

Não existem dados disponíveis sobre as densidades ou abundâncias das populações atuais. Pensamentos iniciais sugeriam que a sua dieta flexível e tolerância a plantações e agricultura poderiam significar que a perda de habitat não seria uma ameaça a esta espécie. Entretanto os impactos da expansão urbana e doenças transmitidas por animais doméstico permanecem desconhecidos. É classificado pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como uma espécie “Quase ameaçada” e pelo ICMBio-MMA “Vulnerável”.

Informações gerais

Valores médios com mínima e máxima em parênteses

Comprimento do corpo / cauda (cm):

58 (49-72)a / 31 (25-38)a D

Dieta

Onívora a,b

Peso (kg) / Altura (cm):

3.4 (2.5-4)a / 35 (32-37) b

Área de habitação (km2):

(3.8-4.6)a,b

Número de filhotes / Gestação (dias):

(4-5) a / 67 a

Longevidade (anos):

-

Estrutura social:

Solitários ou casais durante a reprodução

Padrão de atividade:

Noturno

a (Dalponte & Courtenay 2004), b (Courtenay et al. 2006)

Links online

IUCN Canid Specialist Group – http://www.canids.org

Canid News – http://www.canids.org/canidnews/index.htm

Referências

Brady, C. A. (1979). Observations on the behavior and ecology of the crab-eating fox (Cerdocyon thous). In J. F. Eisenberg (Ed.), Studies of vertebrate zoology in the northern neotropics (pp. 161-171). Washington: Smithsonian Institute Press.

Bueno, A. D., & Motta, J. C. (2004). Food habits of two syntopic canids, the maned wolf (Chrysocyon brachyurus) and the crab-eating fox (Cerdocyon thous), in southeastern Brazil. Revista Chilena de Historia Natural, 77, 5-14.

Rocha, V. J., Aguiar, L. M., Silva-Pereira, J. E., Moro-Rios, R. F., & Passo, F. C. (2008). Feeding habits of the crab-eating fox, Cerdocyon thous (Carnivora: Canidae), in a mosaic area with native and exotic vegetation in Southern Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 25, 594-600.

Vasconcellos-Neto, J., de Albuquerque, L. B., & Silva, W. R. (2009). Seed dispersal of Solanum thomasiifolium Sendtner (Solanaceae) in the Linhares Forest, Espirito Santo state, Brazil. Acta Botanica Brasilica, 23, 1171-1179.

Vieira, E. M., & Port, D. (2007). Niche overlap and resource partitioning between two sympatric fox species in southern Brazil. Journal of Zoology, 272, 57-63.

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