Irara

Eira barbara

©Adriano Gambarini

Taxonomia
Nome comum em inglês

Tayra

Nome científico

Eira barbara

Nome/s comum em Português

Irara, papa-mel

Mapa de distribuição - IUCN

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Descrição física

A pelagem é curta e espessa, de coloração marrom-escura ou preta em todo o corpo e castanho-clara ou acinzentada na cabeça e pescoço. A garganta têm uma distinta mancha amarela ou laranja. As orelhas são curtas e arredondadas. Tem o corpo alongado, levemente arqueado, patas curtas e cauda comprida. Tem grande agilidade e pode nadar, correr e escalar árvores.

Ecologia e Habitat

Ocorre desde a região costeira tropical do México até o norte da Argentina. Habita uma grande variedade de habitats, mas é geralmente associada a áreas de vegetação florestal densa (Goulart et al. 2009, Presley 2000), onde descansa em ocos de árvores. É predominantemente ativa durante o dia, com alguma atividade noturna ocasional. É predominantemente solitária, mas também pode ser vista em pares (Emmons & Feer 1997).

Tem uma dieta mista de vertebrados (incluindo macacos e preguiças juvenis, pequenos roedores, aves, lagartos), insetos, frutos e mel (Bezerra et al. 2009; Camargo & Ferrari 2007; Presley 2000). O nome científico (Eira barbara), e o nome comum brasileiro (Irara – origem do Tupi-Guarani), significa comedor de mel e sua dieta onívora e “sweet tooth” significa que eles são bem conhecidos nas áreas rurais por preferir mamão papaya ao invés de galinhas (F. Michalski dados não publicados).

Ameaças e conservação

É classificado pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como uma espécie “Menos preocupante”e parecem ser resistentes aos efeitos da fragmentação florestal (Michalski & Peres 2005; Michalski & Peres 2007), porém a destruição da floresta continua a ser a principal ameaça para esta espécie (Cuarón et al. 2008).

Informações gerais

Valores médios com mínima e máxima em parênteses

Comprimento do corpo / cauda (cm):

(55-71)a / (36-46) a

Dieta

Onívora

Peso (kg) / Altura (cm):

(2.7-7) a / -

Área de habitação (km2):

-

Número de filhotes / Gestação (dias):

2(1-3) b / (63-67) b

Longevidade (anos):

-

Estrutura social:

Solitários a

Padrão de atividade:

Diurno e crepuscular a

a (Emmons & Feer 1997), b (Presley 2000), c (Michalski et al. 2006)

Links online

IUCN redlist (http://www.iucnredlist.org) apresenta uma síntese dos conhecimentos atuais sobre a distribuição e estado de conservação.

Referências

Bezerra, B. M., Barnett, A. A., Souto, A., & Jones, G. (2009). Predation by the tayra on the common marmoset and the pale-throated three-toed sloth. Journal of Ethology, 27, 91-96.

Camargo, C. C., & Ferrari, S. F. (2007). Interactions between tayras (Eira barbara) and red-handed howlers (Alouatta belzebul) in eastern Amazonia. Primates, 48, 147-150.

Cuarón, A. D., Reid, F., & Helgen, K. (2008). Eira barbara. In: IUCN 2010. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2010.2, <www.iucnredlist.org>, Downloaded on 06 July 2010.

Emmons, L. H., & Feer, F. (1997). Neotropical rainforest mammals: a field guide. Chicago: University of Chicago Press.

Goulart, F. V. B., Caceres, N. C., Graipel, M. E., Tortato, M. A., Ghizoni, I. R., & Oliveira-Santos, L. R. (2009). Habitat selection by large mammals in a southern Brazilian Atlantic Forest. Mammalian Biology, 74, 184-192.

Michalski, F., & Peres, C. A. (2005). Anthropogenic determinants of primate and carnivore local extinctions in a fragmented forest landscape of southern Amazonia. Biological Conservation, 124, 383-396.

Michalski, F., & Peres, C. A. (2007). Disturbance-mediated mammal persistence and abundance-area relationships in Amazonian forest fragments. Conservation Biology, 21, 1626–1640.

Michalski, F., Crawshaw, P. G., de Oliveira, T. G., & Fabian, M. E. (2006). Notes on home range and habitat use of three small carnivore species in a disturbed vegetation mosaic of southeastern Brazil. Mammalia, 70, 52-57.

Presley, S. J. (2000). Eira barbara. Mammalian Species, 636, 1-6.

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