Ariranha
Pteronura brasiliensis
©Adriano Gambarini
Taxonomia
Nome comum em inglês
Giant Otter
Nome científico
Pteronura brasiliensis
Nome/s comum em Português
Ariranha
Estado de conservação - IUCN
Descrição física
Um dos maiores carnívoros da América do Sul, e a maior de todas as lontras. Semelhante à lontra, mas é maior, e apresenta manchas brancas em sua garganta e tem a porção terminal da cauda achatada. A pelagem é curta, com uma coloração marrom/ castanha. Os pés são largos, com membranas unindo os dedos.
Ecologia e Habitat
Ocorre na América do Sul, a leste do Equador e Peru até o norte da Argentina e são encontradas principalmente dentro de florestas ou áreas úmidas, junto a rios de pouca correnteza. Elas são ativas durante o dia e passam a maior parte do tempo na água.
Elas têm um sistema social interessante, com grupos de 4-8 indivíduos, formado pelo par reprodutivo monógamo e seus filhotes (Carter & Rosas 1997; Leuchtenberger & Mourão 2008).
A dieta consiste principalmente de peixes, caranguejos e outros pequenos vertebrados. A presa é capturada com a boca e então mantida segura com as mãos para ser consumida, muitas vezes quando o animal nada de costas (Cabral et al. 2010; Carter et al. 1999 ; Rosas et al. 1999).
Ameaças e conservação
Suas populações foram fortemente reduzidas devido à caça para a sua pele, mas pelo menos algumas populações protegidas estão se recuperando (Uscamaita & Bodmer 2010). As principais ameaças são: destruição do habitat e a poluição da água por agrotóxicos, resíduos industriais e mercúrio (Carter & Rosas 1997 ; Duplaix et al. 2008). Perda de habitat influencia significativamente a sua probabilidade de ocorrência (Michalski & Peres 2005) e estima-se que a perda de habitat irá causar o declínio da população em 50% em 20 anos (Duplaix et al. 2008). É classificado pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como uma espécie “Ameaçada” e pelo ICMBio-MMA em “Vulnerável”.
Galeria de imagens
Links online
IUCN redlist (http://www.iucnredlist.org) apresenta uma síntese dos conhecimentos atuais sobre a distribuição e estado de conservação.
IUCN Otter Specialist Group – http://www.otterspecialistgroup.org
IUCN OSG Bulletin – http://www.otterspecialistgroup.org/Bulletin/IUCNOSGBull.html
Referências
Cabral, M. M. M., Zuanon, J., de Mattos, G. E., & Rosas, F. C. W. (2010). Feeding habits of giant otters Pteronura brasiliensis (Carnivora: Mustelidae) in the Balbina hydroelectric reservoir, Central Brazilian Amazon. Zoologia, 27, 47-53.
Carter, S. K., & Rosas, F. C. W. (1997). Biology and conservation of the giant otter Pteronura brasiliensis. Mammal Review, 27, 1-26.
Carter, S. K., Fernando, C. W., Copper, A. B., & Cordeiro-Duarte, A. C. (1999). Consumption rate, food preferences and transit time of captive giant otters Pteronura brasiliensis: Implications for the study of wild populations. Aquatic mammals, 25, 79-90.
Duplaix, N., Waldemarin, H. F., Groenedijk, J., Evangelista, E., Munis, M., Valesco, M., & Botello, J. C. (2008). Pteronura brasiliensis. In: IUCN 2010. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2010.2.. , , Downloaded on 05 July 2010.
Emmons, L. H., & Feer, F. (1997). Neotropical rainforest mammals: a field guide. Chicago: University of Chicago Press.
Leuchtenberger, C., & Mourao, G. (2008). Social organization and territoriality of giant otters (Carnivora : Mustelidae) in a seasonally flooded savanna in Brazil. Sociobiology, 52, 257-270.
Michalski, F., & Peres, C. A. (2005). Anthropogenic determinants of primate and carnivore local extinctions in a fragmented forest landscape of southern Amazonia. Biological Conservation, 124, 383-396.
Rosas, F. C. W., Zuanon, J. A. S., & Carter, S. K. (1999). Feeding ecology of the giant otter, Pteronura brasiliensis. Biotropica, 31, 502-506.
Uscamaita, M. R., & Bodmer, R. (2010). Recovery of the Endangered giant otter Pteronura brasiliensis on the Yavari-Mirin and Yavari Rivers: a success story for CITES. Oryx, 44, 83-88.