Morato, R. G., Beisiegel, B. D. M., Ramalho, E. E., Campos, C. B. de, & Boulhosa, R. L. P. (2013). Avaliação do risco de extinção da onça-pintada Panthera onca (Linnaeus, 1758) no Brasil. Biodiversidade Brasileira, 3(1), 122–132.

Ano de publicação: 2013

Panthera onca ocorre em quase todos os biomas brasileiros, com exceção do Pampa, sendo que 50% da área do país ainda é considerada adequada à ocorrência da espécie. Apesar desta ampla distribuição, o tamanho populacional efetivo estimado é menor do que 10.000 indivíduos. As principais ameaças à espécie são a perda e fragmentação de habitat associadas principalmente à expansão agrícola, mineração, implantação de hidrelétricas, ampliação da malha viária e a eliminação de indivíduos por caça ou retaliação por predação de animais domésticos. A diminuição iminente dos remanescentes florestais, resultante das mudanças efetuadas no Código Florestal Brasileiro, também representa uma ameaça à subpopulação de onça-pintada no Brasil. O declínio populacional da espécie em decorrência de perda de habitat associada ao abate de indivíduos foi estimado em aproximadamente 30% nos últimos 27 anos ou três gerações, e um declínio equivalente pode ser projetado para os próximos 27 anos. Portanto, a espécie é categorizada como Vulnerável pelos critérios A2bcd+3cd+C1. Existe conectividade com as subpopulações dos países vizinhos, porém sem trocas significativas que justifiquem uma alteração na categoria indicada para a avaliação brasileira. Assim, a categoria indicada na avaliação regional não foi alterada. As informações sobre a conservação desta espécie foram analisadas separadamente para cada um dos principais biomas brasileiros. Espera-se, com isto, fundamentar políticas de conservação apropriadas a esta espécie em cada região do país.

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