Projeto Onças do Iguaçu

O Projeto Onças do Iguaçu é um projeto institucional do Parque Nacional do Iguaçu, que tem como missão a conservação da onça-pintada, como espécie-chave para a manutenção da biodiversidade na região do Parque.

Como trabalhamos:

Censos Bianuais
Uma das ações de pesquisa do Projeto é o monitoramento da população de onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu. São conduzidos censos bianuais, em conjunto com o Proyecto Yaguaraté, da Argentina, desta forma os parques nos dois países são amostrados simultaneamente. É o maior esforço mundial de monitoramento de onças, com cerca de 600.000 hectares amostrados há quase 10 anos De 2009 a 2018 a população de estimada de onças-pintadas no PARNA Iguaçu passou de 11 para 28 animais. Considerando o Corredor Verde (Brasil e Argentina, a população atual estimada é de 105 indivíduos.

Monitoramento Contínuo
Além dos censos bianuais também são usadas armadilhas fotográficas no Parque Nacional do Iguaçu em tempo integral, o que permite um acompanhamento da atividade das onças e o monitoramento de outras espécies da fauna.

Estudo Da Dieta
O estudo da dieta das onças-pintadas é feito através da análise de conteúdo fecal de amostras coletadas durante atividades em campo. A identificação das espécies predadoras é feita por meio de sinais deixados no local da deposição das fezes (pegadas e arranhões), e conferida por tricologia ou análises genéticas se necessário.
Análises isotópicas serão usadas como forma complementar à análise de fezes. A fim de se obter um padrão da assinatura isotópica, tanto dos predadores quanto de espécies presas, amostras de pelos, penas, escamas e outros tecidos obtidos serão enviados para análises isotópicas.

Monitoramento De Onças-Pintadas Com Rádio-Colares
O Projeto captura onça-pintadas e pardas para instalação de colares que permitem que os animais sejam monitorados através de satélite e VHF, gerando dados como deslocamento, área de vida e atividade. Durante as capturas também são coletados dados biométricos e materiais biológicos para análises, como sêmen e sangue. Esse trabalho é feito em parceria com o CENAP e Proyecto Yaguareté.

Coexistência

O projeto desenvolve atividades que buscam a coexistência entre pessoas e grandes felinos.

Trabalha com os produtores para prevenir a predação, aconselhar sobre segurança, melhores práticas de manejo e instalar medidas anti-predação, visando reduzir a predação e aumentar a tolerância das pessoas. Atende imediatamente em caso de predações de animais de criação, identificando o predador, instalando medidas preventivas e orientando os proprietários no manejo correto dos animais para diminuir sua vulnerabilidade.

Buscamos gerar fontes de renda alternativa associadas a grandes felinos, agregando valor em mantê-los vivos. As ações são desenvolvidas nos municípios lindeiros ao Parque. Por meio de visitas e atividades constantes, troca de conhecimento, reconhecimento e valorização dos moradores locais, o projeto busca estabelecer um vínculo de confiança e envolver os moradores locais e transformá-los em atores da conservação dos grandes felinos na região.

A convivência entre populações humanas e felinos é uma das chaves para prevenir a extinção da onça-pintada na região.

Engajamento

Trabalhamos para transformar a relação das pessoas com os grandes felinos e com o Parque Nacional do Iguaçu. Tocando o coração para ensinar a mente, usamos o encantamento como ferramenta de conservação.

Realizamos atividades de engajamento com as comunidades dos 14 municípios do entorno do Parque. As ações desenvolvidas são: Onça na Escola (com crianças em escolas nos municípios lindeiros), Papo de Onça (com produtores que vivem na borda do parque), Onça Itinerante (exposições sobre onças em eventos nos municípios lindeiros ao Parque Nacional), Trilha da Onça (trilhas guiadas na floresta) e Bafo de Onça (versão do Paint of Science, discutindo em bares questões sobre as onças) e Mutirão da Onça (uma ação solidária conjunta entre o projeto e a comunidade para resolver um problema que impacte a vida dos moradores lindeiros).

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Chave PIX:

procarnivoros@procarnivoros.org.br

Região de atuação

mata-atlantica

Equipe responsável

Yara Barros

Coordenadora Executiva

Bióloga, doutora em zoologia pela UNESP.

Trabalhou com conservação de fauna ameaçada, in situ e ex situ, no governo (IBAMA e ICMBio), em zoológico e em organizações não governamentais. Associada do Instituto Pró Carnívoros. Coordenadora Executiva do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Grandes Felinos. Integra o CPSG Brasil (Grupo Especialista em Planejamento para a Conservação/IUCN).

Vânia Foster

 Responsável Técnica de Pesquisa

Bióloga, possui mestrado em Ecologia, Biodiversidade e Gestão de Ecossistemas pela Universidade de Aveiro / Portugal e doutorado em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – UFMS. Em sua pesquisa durante o doutorado trabalhou com as espécies de carnívoros do Pantanal analisando utilização de habitat, padrão de atividade e coexistência entre as espécies.

 

Thiago Reginato

Responsável Técnico por Coexistência

Gestor Ambiental pela UTFPR de Medianeira, com experiência em coexistência humano-grandes felinos e mediação de conflitos, relações públicas,  engajamento e educação ambiental com crianças e adultos.

 

Aline Kotz

Responsável Técnica por Engajamento

Gestora Ambiental pela UTFPR de Medianeira, com experiência em coexistência humano-grandes felinos, mediação de conflitos, engajamento e educação ambiental com adultos e crianças.

 

Patrícia Gomes

Assistente de Pesquisa

Médica Veterinária pela Universidade de Marília – UNIMAR, possui pós-graduação em Educação Ambiental pela mesma universidade, atualmente realiza mestrado acadêmico em Animais Selvagens pela Universidade Estadual Paulista – UNESP intitulada “Informações midiáticas comparadas a estudos científicos à ataques de piranhas no Brasil”.

Possui experiência em conservação e reabilitação de fauna silvestre.

 

Valquíria Marina Nascimento

Assistente de Campo

Técnica em Meio Ambiente pelo Centro Estadual de Educação Profissional Manoel Moreira, atualmente cursando Gestão Ambiental pela Universidade de Marília – UNIMAR, foi agente ambiental temporário do ICMBio no período de 3 anos e possui ampla experiência na área do meio ambiente e na contenção e manejo de fogo.

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