Quati

Nasua narica

©Adriano Gambarini

Taxonomia
Nome comum em inglês

South American Coati

Nome científico

Nasua narica

Nome/s comum em Português

Quati

Mapa de distribuição - IUCN

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Descrição física

A coloração é bastante variável, mas geralmente é castanho-avermelhado em toda a parte dorsal e castanho-amarelada na parte ventral. A cauda é anelada intercalando a coloração escura com a clara. Tem o focinho longo e fino com a extremidade bastante flexível.

Ecologia e Habitat

Ocorre na América do Sul a oeste dos Andes, até a Argentina. É encontrado principalmente em áreas florestadas apresentando atividade principalmente diurna.

Têm uma dieta generalista- onívora e pode ser importante para a dispersão de sementes e regeneração florestal (Alves-Costa & Eterovick 2007; Alves-Costa et al. 2004; Beisiegel & Mantovani 2006; Hirsch 2009).

Possui um sistema social bastante interessante, em que todas as fêmeas e machos de até dois anos formam grupos com até 30 indivíduos (Emmons & Feer 1997). Machos com mais de 2 anos são expulsos do grupo e tornam-se solitários. Durante a época de reprodução, um macho é aceito em cada grupo, porém permanece totalmente submisso às fêmeas.

Ameaças e conservação

Considerada pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como uma espécie “Menos preocupante”. Entretanto, as populações estão em declínio (Emmons & Helgen 2008) e esta espécie é sensível à perda de habitat florestal (Michalski & Peres 2005; Michalski & Peres 2007). Pelo ICMBio-MMA, está como “Vulnerável”.

Galeria de imagens
Informações gerais

Valores médios com mínima e máxima em parênteses

Comprimento do corpo / cauda (cm):

(47-58)a / (42-55) a

Dieta

Onívora a,b

Peso (kg) / Altura (cm):

5(3-7) a,b / -

Área de habitação (km2):

(0.23-12) b,c

Número de filhotes / Gestação (dias):

3(1-7)b / 74-77b

Longevidade (anos):

-

Estrutura social:

Solitários e grupos a

Padrão de atividade:

Diurno a

a (Emmons & Feer 1997), b (Gompper & Decker 1998), c (Beisiegel & Mantovani 2006)

Links online

IUCN redlist (http://www.iucnredlist.org) apresenta uma síntese dos conhecimentos atuais sobre a distribuição e estado de conservação.

Referências

Alves-Costa, C. P., & Eterovick, P. C. (2007). Seed dispersal services by coatis (Nasua nasua, Procyonidae) and their edundancy with other frugivores in southeastern Brazil. Acta Oecologica, 32, 77-92.

Alves-Costa, C. P., Da Fonseca, G. A. B., & Christofaro, C. (2004). Variation in the diet of the brown-nosed coati (Nasua nasua) in southeastern Brazil. Journal of Mammalogy, 85, 478-482.

Beisiegel, B. M., & Mantovani, W. (2006). Habitat use, home range and foraging preferences of the coati Nasua nasua in a pluvial tropical Atlantic forest area. Journal of Zoology, 269, 77-87.

Emmons, L. H., & Feer, F. (1997). Neotropical rainforest mammals: a field guide. Chicago: University of Chicago Press.

Emmons, L., & Helgen, K. (2008). Nasua nasua. In: IUCN 2010. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2010.2. <www.iucnredlist.org>, Downloaded on 04 July 2010.

Gompper, M. E., & Decker, D. M. (1998). Nasua nasua. Mammalian Species, 580, 1-9.

Hirsch, B. T. (2009). Seasonal variation in the diet of Ring-tailed Coatis (Nasua nasua) in Iguazu, Argentina. Journal of Mammalogy, 90, 136-143.

Michalski, F., & Peres, C. A. (2005). Anthropogenic determinants of primate and carnivore local extinctions in a fragmented forest landscape of southern Amazonia. Biological Conservation, 124, 383-396.

Michalski, F., & Peres, C. A. (2007). Disturbance-mediated mammal persistence and abundance-area relationships in Amazonian forest fragments. Conservation Biology, 21, 1626–1640.

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