Cachorro-do-mato-de-orelha-curta

Atelocynus microtis

©Renata Leite-Pitman

Taxonomia
Nome comum em inglês

Short-eared Dog

Nome científico

Atelocynus microtis

Nome/s comum em Português

Cachorro-do-mato-de-orelha-curta

Mapa de distribuição - IUCN

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Descrição física

Esses canídeos possuem orelhas curtas e cabeça alongada. O pêlo possui coloração geralmente cinza escuro, com a barriga vermelho claro e cauda levemente mais escura, entretanto vários padrões de colaração já foram observados. É o canídeo silvestre brasileiro menos conhecido e é raramente visualizado em seu ambiente natural.

Ecologia e Habitat

Ocupa áreas de florestas tropicais e ocorre na bacia Amazônica da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e possivelmente Venezuela. Embora amplamente distribuído parece ocorrer em baixas densidades ao longo de sua distribuição e ausências de observações em áreas grandes sugere que sua distribuição não é contínua (Leite-Pitman & Williams 2004).

É usualmente associado com rios e a membrana interdigital parcial de suas patas sugere que são parcialmente aquáticos (Berta 1986) e já foi observado nadando para capturar pacas (Defler & Santacruz 1994). Eles são geralmente solitaries mas já foram observados caçando em pares (Leite-Pitman & Williams 2004).

A dieta do cachorro-do-mato-de-orelha-curta consiste de pequenos (roedores) a médios (paca) mamíferos, peixes, moluscos, frutos, insetos, aves e répteis (Defler & Santacruz 1994; Peres 1991).

Ameaças e conservação

A perda de habitat é provavelmente a maior ameaça a essa espécie. Resultados provenientes de fragmentos florestais na Amazônia sugerem que o cachorro-do-mato-de-orelha-curta necessita de grandes áreas (maiores do que 10 000 ha) para apresentar uma chance de 40% de ocorrência e que provavelmente não persistem fora de áreas de floresta contínua (Michalski & Peres 2005; Michalski 2010). A ameaça adicional como doenças que podem ser transmitidas por animais domésticos continua pouco estudada..É classificado pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como uma espécie “Quase ameaçada” e pelo ICMBio-MMA “Vulnerável”.

Informações gerais

Valores médios com mínima e máxima em parênteses

Comprimento do corpo / cauda (cm):

(72–100) a / (25-35)a

Dieta

Onívora b

Peso (kg) / Altura (cm):

(9–10) a / 35.6 a

Área de habitação (km2):

-

Número de filhotes / Gestação (dias):

- / -

Longevidade (anos):

9b

Estrutura social:

Solitários ou casais durante a reprodução b

Padrão de atividade:

Diurno e noturno b, c

a (Nowak 1999), b (Leite-Pitman & Williams 2004), c (Gómez et al. 2005)

Links online

IUCN Canid Specialist Group – http://www.canids.org
Canid News – http://www.canids.org/canidnews/index.htm

Referências

Berta, A. (1986). Atelocynus microtis. Mammalian Species, 256, 1-3.

Defler, T. R., & Santacruz, A. (1994). A capture of and some notes on Atelocynus microtis (Sclater, 1883)(Carnivora: Canidae) in the Colombian Amazon. Trianea, 5, 417-419.

Gómez, H., Wallace, R. B., Ayala, G., & Tejada, R. (2005). Dry season activity periods of some Amazonian mammals. Studies on Neotropical Fauna and Environment, 40, 91 — 95.

Leite-Pitman, M. R. P., & Williams, R. S. R. (2004). The short-eared dog (Atelocynus microtis: Sclater 1883). In C. Sillero-Zubiri, M. Hoffmann & D. W. Macdonald (Eds.), Canids: Foxes, Wolves, Jackals and Dogs. Status Survey and Conservation Action Plan (pp. 26-31). Gland / Cambrigde:  IUCN.

Michalski, F. (2010). The bush dog Speothos venaticus and short-eared dog Atelocynus microtis in a fragmented landscape in southern Amazonia. Oryx, 44, 300-303.

Michalski, F., & Peres, C. A. (2005). Anthropogenic determinants of primate and carnivore local extinctions in a fragmented forest landscape of southern Amazonia. Biological Conservation, 124, 383-396.

Nowak, R. (1999). Walkers Mammals of the World. Baltimore, Maryland: Johns Hopkins University Press.

Peres, C. A. (1991). Observations on hunting by small-eared (Atelocynus microtis) and bush dogs (Speothos venaticus) in central-western Amazonia. Mammalia, 55, 635-639.

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